Dica: documentário Cowspiracy: O Segredo da Sustentabilidade

O documentário Cowspiracy: O Segredo da Sustentabilidade revela sobre a indústria da agropecuária e como ela contribui para a poluição do planeta. A indústria de carne é a que mais polui o mundo, sendo responsável pelo desmatamento, consumo e poluição de água, gases do efeito estufa, destruição de florestas, extinção de espécies, perda de habitat, erosão dos solos e tantos outros.

O assunto é muito polêmico, tanto que movimentos ambientalistas como Greenpeace, WWF, Oceana, Amazon Watch não tratam do assunto, e é o que Kip Andersen vai atrás para descobrir, o porquê as organizações tem medo de falar sobre isso.

Alguns dados que aparecem no documentário são os seguintes:

• A pecuária e seus derivados são responsáveis por, pelo menos, 32 mil milhões de toneladas Co² por ano, ou 51% de todas as emissões de gases de efeito estufa em todo o mundo;
• Um hambúrguer exige 660 litros de água para ser produzido, isso mesmo 660 litros de água, o equivalente a dois meses de banhos de chuveiro;
• 2.500 litros de água são necessários para produzir 1 kg de carne;
• A agropecuária é responsável por 91% da destruição da amazônia;
• Mais de 6 milhões de animais são mortos por hora para alimentação humana;
• Por dia, uma pessoa que come uma dieta vegana poupa 1.100 litros de água, 45 quilos de cereais, 2,79 m² de terrenos florestais, 9 kg de Co² e a vida de um animal.

Só com esses dados já podemos abrir nossas mentes para repensar nossos hábitos, e é uma dúvida que Andersen questiona o tempo todo, e propõem que cada um de nós faça a sua parte para reduzir o problema e lança o desafio: que tal 30 dias de uma dieta vegana? Ele conversa com pessoas que vivem do veganismo para saber se é saudável, se é possível e qual seria o impacto se diminuíssemos o consumo de carne.

Outro ponto que me chamou muita atenção é quando ele trata da questão de pessoas que abordam temas ambientais na mídia e são assassinados, até cita o caso da missionária Dorothy Stang, que foi assassinada no Pará em 2005, que lutava pela reforma agrária e começou incomodar madeireiros, fazendeiros e outras pessoas da região. Um medo que ele conta que passou por estar tratando de um tema que tinha interesses em muitas áreas, principalmente a econômica.

Com certeza quem assistir ao documentário vai começar a repensar a forma de se alimentar e que a mudança para um mundo mais sustentável precisa ser feita muito mais do que pensávamos.

Atitude: moda sustentável

A sustentabilidade também é um tema que esta em pauta no mundo da moda. Faz pouco tempo que postei uma dica sobre o documentário The True Cost, e sinceramente nunca tinha parado para refletir o quando a indústria da moda afeta significantemente o meio ambiente, desde a produção até quando descartamos uma roupa, e nas relações sociais, seja nas condições de trabalho de quem produz até a forma que vivemos para sustentar o mundo da moda.

Aqui no Brasil um dos eventos que pretende levar essa ideia para frente é o Eco Fashion Weeke, que vai realizar sua segunda edição em novembro, no espaço Unibes Cultural em São Paulo. O evento conta com palestras, workshops, oficinas, desfiles e muito mais, tudo pensado em uma moda sustentável. Mais afinal, o que é moda sustentável?

Foto: Agência Fotosite

Bom, hoje vemos que o processo de fabricação de roupas é constante, são feitas várias coleções produzidas por estação e temporadas e isso implica em grande quantidade de matéria-prima, gerando um resultado de ciclo de vida curto do produto, o que faz surgir grandes quantidades de lixo. Essas novas peças são rapidamente propagadas pela mídia, que faz com que a população consuma cada vez mais e mais. Todo esse consumo tem um retorno muito negativo para o meio ambiente, além de fomentar a desigualdade sociocultural e os empregos informais para manter o baixo custo de produção.

A moda sustentável busca reduzir todos esses impactos, podendo se feita de forma com que aumente a vida útil de uma peça de roupa através do acabamento, usar tecidos que cause menor impacto ambiental, verificar a procedência das matérias-primas, criação de um ciclo sustentável, assegurar condições dignas de trabalho entre outras opções.

Foto: Mrvimm/divulgação

Maneiras para diminuir o impacto negativo do mundo da moda estão surgindo, basta agora nós, consumidores, começar a se informar dos meios de produção e dos produtos que os fabricantes utilizam. Sem dúvida uma ideia que precisamos propagar e mostrar que o planta ainda tem salvação.

Unidades de Conservação na Amazônia estão sob ameaça

O WWF-Brasil divulgou a prévia de um estudo que aponta: das 316 Unidades de Conservação Federais e Estaduais na Amazônia, 110 estão potencialmente ameaçadas por projetos de infraestrutura, somando aproximadamente 30 mil km2, ou 2% do território protegido. O maior número das áreas sob risco ficam no Pará e no Amazonas.

Foto: Divulgação/Idesam

Além das ameaças causadas pela falta de regularização fundiária, as Unidades de Conservação do país enfrentam outras situações que podem gerar conflitos ou provocar novas reduções de área no futuro.

O desmatamento aparece como fator de pressão em 204 UCs no bioma amazônico e atinge áreas de proteção integral e de uso sustentável. São 18 UCs com mais de 50% de suas áreas desmatadas. As UCs estaduais de uso sustentável são as que mais sofrem com o desmatamento

Foto: Arquivo/ Agência Brasil 

Segundo a Coordenadora do Programa de Ciências do WWF-Brasil, Mariana Napolitano, o problema também afeta terras indígenas, embora ainda não haja um levantamento sobre esta situação.

O que são Unidades de Conservação? 

De acordo com a Lei Federal nº 9.985/2000, unidade de conservação é o espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção. Ou seja, trata-se de um espaço com características naturais importantes, definido legalmente, com o objetivo de conservação e proteção.

Fonte: WWF-Brasil 

Dica: Documentário "The Minimalist"

Já sabemos que o consumo descontrolado traz muitas consequências negativas para nós e o planeta. Pensando nisso várias pessoas ao redor do mundo levam uma vida com o mínimo de objetos possíveis, apenas o essencial, e são chamados de Minimalistas.

Para conhecer um pouco mais sobre o estilo de vida dessas pessoas, resolvi assistir ao documentário “Minimalism: a documentary about important things” (“Minimalismo: um documentário sobre as coisas importantes”), que tem como foco a história de vida de Joshua e Ryan, autores do blog Minimalists.

Eles viviam em um mundo corporativo, acumulavam dinheiro, posses, eram vistos como bem-sucedidos até que Joshua viu sua vida mudar depois que sua mãe faleceu e seu casamento terminou, foi quando percebeu que suas posses não estava agregando valor na sua vida ou tornando-o mais feliz. Foi então que resolveu se livrar da maioria de seus pertences.

Já Rayan estava se sentindo mal por treinar sua equipe para vender celular a crianças de 5 anos e percebeu que o semblante do amigo havia melhorado depois da radical mudança de vida e resolveu fazer a mesma coisa. Hoje eles possuem o blog, fazem palestras e lançaram o documentário.

“Imagine uma vida com menos: menos coisas, menos desordem, menos estresse e descontentamento… Agora imagine uma vida com mais: mais tempo, mais relações significativas, mais crescimento, contribuição e contentamento", essa fala marca bastante a mensagem que eles querem passar, não se trata de viver sem nada, é apenas trocar os hábitos do consumo exagerado, viver com o que realmente precisamos, sem ter que se estressar trabalhando para comprar objetos só porque querem que consumimos cada vez mais.

Durante o documentário eles reforçam em várias falas que não é preciso levar um estilo de vida radical, que o importante é se livrar de bens materiais em excesso e se controlar para não fazer compras por impulso ou status, algo para resignificar a visão que temos do consumismo, para não passar meses pegando dívidas e gastar com mais do que ganhamos, o foco é simplificar a vida.

E vale lembrar que todo esse consumo traz sérias consequências para o planeta. Para atender a toda essa demanda de produção é preciso retirar matérias primas da natureza, fazer grande uso de energia elétrica, água, emissão de gases poluentes sem contar no lixo que é produzido em grande escala. Além disso, gera grandes problemas sociais, seja para quem produz essas mercadorias (que pode ser visto no documentário The True Cost), tanto para quem compra, pois desenvolvem distúrbios, compulsão por compras, problemas nas relações sociais e muito outros.

Sem dúvida um documentário para quem quer conhecer como ter uma vida controlada e conseguir ajudar a salvar o planeta de tantos problemas sociais e ambientais. “É sobre buscar uma vida que seja boa para nós mesmos e para as pessoas ao nosso redor.”